segunda-feira, 23 de julho de 2007

TEMPO DE TRAVESSIA (Fernando Pessoa)



"Há um tempo em que é preciso
abandonar as roupas usadas
Que já tem a forma do nosso corpo
E esquecer os nossos caminhos que
nos levam sempre aos mesmos lugares
É o tempo da travessia
E se não ousarmos fazê-la
Teremos ficado para sempre
À margem de nós mesmos"

20 comentários:

  1. Este texto não é do Fernando Pessoa. É do professor do Curso Objetivo Fernando Teixeira de Andrade.

    ResponderExcluir
  2. Esse texto é do Fernando Pessoa, mesmo! Parece-me que o FT usou esse poema do Fernado Pessoa como inspiração para o O Medo, O Grande Gigante da Alma(?).

    Mas tanto faz quem foi o autor. Nenhum deles vai lutar pela autoria, pelo menos não em vida, pois os dois já faleceram.

    ResponderExcluir
  3. Só quem não conhece Fernando Pessoa pode dizer que não foi ele que escreveu.

    Na realidade o verdadeiro nome dele deveria ser Fernando Pessoas uma vez que ele foi todos de uma só vez.
    Antonio Chibante

    ResponderExcluir
  4. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  5. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  6. Fernado Pessoa converteu-se, ele só, em uma literatura. Criou um conjunto de escritores(Alberto Caeiro, Álvaro Campos, Ricardo Reis e ele próprio)e obras(ortônimas e heterônimas). Enfim, o poeta era um gênio. Sobre o TEMPO DE TRAVESSIA...eu também o tenho postado no meu blog,sensacional!!!

    ResponderExcluir
  7. Na verdade, o texto é mesmo do Fernando Teixeira. Procurem saber mais antes de justificar um erro baseando-se nos heterônimos do Fernando Pessoa. É.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. o texto acima é de Fernando Pessoa sim esta dentro de um publicação feita entre 1912 a 1915 "Porto e Travessia"

      Excluir
  8. Teixeira Andrade



    Para quem tem medo, e a nada se atreve, tudo é ousado e perigoso. É o medo que esteriliza nossos abraços e cancela nossos afetos; que proíbe nossos beijos e nos coloca sempre do lado de cá do muro. Esse medo que se enraíza no coração do homem impede-o de ver o mundo que se descortina para além do muro, como se o novo fosse sempre uma cilada, e o desconhecido tivesse sempre uma armadilha a ameaçar nossa ilusão de segurança e certeza.
    O medo, já dizia Mira Y Lopes, é o grande gigante da alma, é a mais forte e mais atávica das nossas emoções. Somos educados para o medo, para o não-ousar e, no entanto, os grandes saltos que demos, no tempo e no espaço, na ciência e na arte, na vida e no amor, foram transgressões, e somente a coragem lúdica pode trazer o novo, e a paisagem vasta que se descortina além dos muros que erguemos dentro e fora de nós mesmos.
    E se Cristo não tivesse ousado saber-se o Messias Prometido? E se Galileu Galilei tivesse se acovardado, diante das evidências que hoje aceitamos naturalmente? E se Freud tivesse se acovardado diante das profundezas do inconsciente? E se Picasso não tivesse se atrevido a distorcer as formas e a olhar como quem tivesse mil olhos? "A mente apavora o que não é mesmo velho", canta o poeta (refere-se a Fernando Pessoa), expressando o choque do novo, o estranhamento do desconhecido.
    Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
    ------------------------
    De qualquer maneira, todo mundo ousa... comentar... aprender... realizar a travessia na hora que tiver de ser...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. `aquela que foi desejada,apenas.11 de janeiro de 2015 às 23:59

      UMA MESMA TRAVESSIA EM TEMPOS DIFERENTES,nunca fará duas almas se encontrarem.

      Excluir
  9. Tenho medo do desconhecido.
    Viver com certezas é mais confortável que de perspectivas.
    É muito lindo falar dos que ousam e se dão bem...
    Mas daqueles que erraram, não se fala...
    Não existe resposta e tampouco fórmula para o destino
    Se existissem não seria destino.

    ResponderExcluir
  10. Postei esse texto hoje no meu blog. Fazia um tempo que tinha lido e me identificado, adoro os textos do Fernando Pessoa.

    Gostei do seu blog. Parabéns.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que bom que gostou Célia, seja sempre bem vinda!
      BjoBjo;)

      Excluir
  11. Eu amo tudo que foi escrito por PESSOA, e os seus textos tem sua característica, pode até ter imitadores, mas ele, pena que tenha ido embora tão cedo, pois o cara era demais. digo tudo mas não li toda obra, digo tudo o que já li ou ouvi a respeito deste renomado poeta.

    ResponderExcluir
  12. A Wikipédia menciona esse trecho ("Há um tempo") como uma das falsas atribuições a Pessoa. http://pt.wikiquote.org/wiki/Fernando_Pessoa

    ResponderExcluir
  13. Perdoem-me se eu estiver errada, mas qualquer pessoa pode escrever o que bem acredita na wikipédia (ou não?). Em outras palavras, wikipédia não é fonte confiável. Penso que o melhor mesmo é irmos indicação de Anônimo27 de dezembro de 2013 13:28

    o texto acima é de Fernando Pessoa sim esta dentro de um publicação feita entre 1912 a 1915 "Porto e Travessia"

    ResponderExcluir
  14. Não é de Fernando Pessoa. É de Fernando Teixeira.

    ResponderExcluir
  15. Não é de Fernando Pessoa. É de Fernando Teixeira.

    ResponderExcluir
  16. *** 1 *** Consulta:
    De: Gilberto Santana [mailto:prof.gilberto@ibest.com.br]
    Enviada: 26 de setembro de 2015 13:19
    Para: biblioteca@casafernandopessoa.pt; servicoeducativo@casafernandopessoa.pt
    Assunto: Dúvida sobre texto atribuído a Pessoa

    Prezados,
    Parabenizo-os pelo belo sítio dedicado ao nosso maior autor da língua portuguesa.
    Gostaria que tirassem uma dúvida a respeito da autoria do fragmento que segue:
    Tempo de Travessia
    “Há um tempo em que é preciso
    abandonar as roupas usadas
    Que já têm a forma do nosso corpoE esquecer os nossos caminhos que
    nos levam sempre aos mesmos lugares
    É o tempo da travessia
    E se não ousarmos fazê-la
    Teremos ficado para sempre
    À margem de nós mesmos”
    Trata-se de texto de Fernando Pessoa?
    Muitos o atribuem a ele.
    Todavia há quem garanta que não se trata de “estilo pessoano” e o credite a Fernando Teixeira de Andrade (1946-2008).

    Sou grato pela atenção.
    Aguardo resposta.
    Grande abraço,
    Gilberto Santana de Jesus

    ResponderExcluir
  17. *** 2 *** Resposta:
    De: Biblioteca Casa Fernando Pessoa [mailto:biblioteca@casafernandopessoa.pt]
    Enviada em: segunda-feira, 28 de setembro de 2015 12:24
    Para: 'Gilberto Santana'
    Assunto: RE: Dúvida sobre texto atribuído a Pessoa
    Prioridade: Alta

    Prezado Gilberto Santana,

    Antes de mais, grato pelo seu contacto.
    Em resposta ao solicitado, informo que o fragmento referido, não é da autoria de Fernando Pessoa.
    É um apócrifo, igual a tantos outros que circulam profusamente por variados sítios da internet.
    Com os meus melhores cumprimentos,
    __________________
    José Correia
    Biblioteca/Visitas
    Rua Coelho da Rocha, 16
    1250-088 Lisboa
    Tel: 21 391 32 70 |
    www.casafernandopessoa.com| Facebook | Instagram

    ResponderExcluir

Será um prazer ter aqui seu comentário, seja sempre bem vindo!

Livro de visitas